Por Rafaella Sabino
Um dos sintomas do parkinson é a rigidez facial, o que torna difícil a fala e a deglutição. Para tentar amenizar o problema, a fonoaudióloga e professora da disciplina de Estágio Supervisionado da Faculdade Integrada do Recife (FIR), Ana Nery, decidiu, junto a seus alunos, realizar uma oficina de comunicação oral para portadores da doença.
Realizada pelo segundo ano consecutivo com a Associação de Parkinson de Pernambuco (ASP-PE), a oficia “O falar e o Cantar: Descobrindo Possibilidades” tem o objetivo de desenvolver um trabalho que melhore a competência comunicativa do paciente. São usadas várias estratégias da fonoaudiologia que favoreçam a melhor articulação, como exercícios de voz, intensidade da fala, modulação e ritmo. Tudo voltado para a ativação da musculatura facial.
Além da técnica, a oficina trabalha com a memória, nomeação e lembranças. Segundo Ana Nery, o parkinson faz com que o paciente se isole do meio social, devido às dificuldades de se expressar, prejudicando os relacionamentos. “Queremos que ele tenha uma maior convivência com o próximo, e que fuja da rotina de médicos para ter uma atividade de prazer e alegria”. Ela conta que todas as atividades são bem práticas e que a resposta é sempre muito positiva.
A proposta se estende além dos pacientes. Os acompanhantes também são convidados a participarem ativamente da oficina, como forma de integração. “Isso é importante para que se possa refletir na mudança de atitude que se tem em casa”, afirma a fonoaudióloga.
As oficinas, que são gratuitas, estão sendo realizadas na Sede da ASP-PE e vão até 30 de novembro, todas as sextas, das 8h às 10h30. Os interessados devem ligar para a sede da ASP, pois só foram disponibilizadas 15 vagas para essa turma.
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